Merleau-Ponty cunhou a expressão marxismo-weberiano para referir-se à linhagem teórica inspirada em História e consciência de classe. A weberianização de Marx, entretanto, cobra seu preço. Marx dizia que um de seus méritos como cientista foi o de ter descoberto o trabalho abstrato como propriedade não natural, mas social, própria do mundo capitalista. Em Lukács, ao contrário, o trabalho abstrato aparece como decorrência das modificações no processo de trabalho, vale dizer, da racionalização entendida como aplicação das ciências empíricas no interior da fábrica capitalista. A influência weberiana aproxima-o da crítica nostálgica da quantificação: A possibilidade de tudo calcular deve abarcar o conjunto das formas de manifestação da vida. Reificação e racionalização são, assim, identificadas. No plano subjetivo, a racionalização penetra cada vez mais profundamente na consciência do homem, no plano objetivo, estende-se a todas as instituições sociais: Estado, direito, administração, burocracia etc. adaptam-se à racionalização formal, à idêntica decomposição de todas as funções sociais nos seus elementos.
Você será encaminhado para um site parceiro para finalizar sua compra.
Aviso de uso de cookies
Atualizamos nossa política de cookies.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita a nossa política de monitoramento.